Os pinguins e o micro-sono
Os cientistas descobriram finalmente o que faz o cérebro dos pinguins durante os intermináveis dias e noites polares. Descobriu-se que os pinguins da Antárctida adormecem e acordam dez mil vezes por dia – adormecem, em média, a cada 8 segundos, durante 4 segundos, e depois voltam à consciência.
Este tipo de microssono, que dura segundos, também é familiar aos humanos – um perigo grave para os condutores. Até à data, não se sabia se o microssono podia desempenhar as funções de um sono completo, mas os pinguins já o reivindicaram. Se somarmos todos os períodos do seu microssono, eles chegam a ter 11 horas e não precisam de dormir mais nada. Isto é crucial quando passam meses sentados em cima de ovos que os predadores estão a tentar roubar.
O sono dos pinguins foi estudado com a ajuda da monitorização remota de electroencefalogramas. Verificou-se que, por vezes, dormem apenas num hemisfério do cérebro, tal como os golfinhos. Nesses momentos, o pinguim fecha um olho. E se ambos os hemisférios estiverem a dormir, ambos os olhos estão fechados.
