Após os procedimentos preliminares, foi administrada aos participantes uma mistura de marijuana com predominância de tetrahidrocanabinol (THC) ou canabidiol. Ambas as substâncias estão presentes na canábis e afectam o sistema endocanabinóide humano, que desempenha um papel importante na manutenção da homeostase. O THC, no entanto, pertence aos compostos psicoactivos e é considerado mais tóxico. O canabidiol não tem propriedades narcóticas e não provoca estados alterados de consciência. Nos países onde a utilização médica do canabidiol é legalizada, este é geralmente utilizado para tratar doenças neurodegenerativas e psiquiátricas.
A experiência dos cientistas do Colorado consistiu em pôr os sujeitos a correr numa máquina de exercício a um ritmo moderado durante 30 minutos, enquanto respondiam periodicamente a perguntas. Os investigadores perguntaram aos voluntários sobre o seu humor e bem-estar, motivação para treinar, impressão da carga (quão pesada parecia), sensações de dor, etc. O procedimento foi repetido duas vezes, em dias diferentes: antes de um dos treinos, os participantes consumiram marijuana e, antes do outro, não. No primeiro caso, os corredores usaram um cinto de segurança.
Embora os sujeitos tenham relatado emoções positivas mais pronunciadas e “euforia de corredor” após o consumo de canábis, a experiência também revelou efeitos negativos. Em particular, em comparação com uma corrida antes da qual os participantes não tinham fumado erva, o treino após o consumo de marijuana pareceu mais cansativo. O efeito mais forte foi sentido pelos participantes que consumiram canábis com predominância de THC.